Sete dias passados, num sopro súbito, a morte,
Má sorte dos vivos, o sorriso impreciso d’uma alma calou.
Passou, afinal, a dor, o desconforto, a lástima forte,
Mas do pai, tiete eterno, a dor não se apartou.
No púlpito da sinagoga o abade assoma,
Vê apenas candelabros, velas e um homem que ora.
Não há mais ninguém, além do pai, que a emoção não doma,
Nem ao menos uma carpideira que, debalde, chora.
A vida, que transcende a vocação sinistra,
Um dia fulmina e apaga a conquista
Dos vivos, cuja sina lúgubre pendeu.
Só enquanto perdura, tem sua valia…
Que somente o pai – passados só sete dias –
Da alma do filho não se esqueceu.