De repente
Um precipitado sobre a terra,
Inquebrantável e rutilante
Monstro branco
Imolado
Anjo dourado
Devastador.
Será um enigma do alto?
Um aceno do fim?
A volta do Soberano?
Ledo engano.
Caiu como um raio de luz
Gizando o azul sideral
Brilhou nos olhos de milhões.
Um sinal sobre a face,
Uma gota d’água na fronte
Para benzer-se de um mal.
Sabe lá se são farpas
De lúcifer!
Perscrutava-se o que era;
Por desconhecer, elucubravam.
Vale um pouco de quimera
E o mito em torno se alastrava.
– Deixem que outros expliquem!
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Que trágica conclusão
(Disse um gabaritado)
Este brilhante ilibado, bonito
É apenas um meteorito
Que caiu na Bahia.